Durante as aulas da disciplina Optativa II: Identidades Culturais na Pós-Modernidade, ministrada pela Profª. Drª. Vilma Mota Quintela, foi proposto por ela pesquisas sobre minorias identitárias com base na obra de Hall. Escolhemos pesquisar a minoria masculina no Samba de Pareia da Mussuca, visando compreender o motivo pelo qual dos vinte e quatro componentes desta antiga manifestação cultural, apenas três serem do gênero masculino.
ObjetivoCompreender o processo de reelaboração da cultura da Mussuca que culminou com a mudança na composição do grupo de Samba de Pareia ou Parelha da Mussuca, localizado no Município de Laranjeiras - Sergipe.
Passo a passo
A partir de leituras sobre o Samba de Pareia, elaboramos um questionário e fomos ao local entrevistar a representante do grupo, Dona Nadir, o processo foi registrado em filmagens e fotografias.
Resultado
Os moradores da Mussuca ainda resistem à presença do branco e orgulham-se de serem negros remanescentes de quilombolas. Os poucos brancos que lá residem respeitam e valorizam os traços identitários que caracterizam a comunidade da Mussuca.
O envolvente Samba de Pareia da Mussuca contagia até os visitantes, a exemplo do grupo Interativo (Glinan, Joseane, Isabel, Marivaldo e Rosângela).
Dividir o palco com artistas consagrados como Chiko Queiroga e Antônio Rogério, eleva auto-estima, não só dos participantes do Samba de Pareia, mas de todos da comunidade.
A participação do Samba de Pareia da Mussuca em eventos promovidos pelo Governo do Estado, a exemplo do Arraial do Povo, na Orla de Atalaia, demonstra o valor dessa importante manifestação para o acervo da cultura imaterial de Sergipe e do Brasil, pois a escravidão é parte significativa da nossa História.
Dona Nadir orgulha-se de ter sido premiada com as Medalhas de Mérito Cultural Tobias Barreto e a do Mérito Aperipê concedida pelo Governo do Estado em 9 de julho de 2009 e 9 de agosto de 2009 respectivamente, representando a cultura popular com o Samba de Pareia da Mussuca, o que deixa não apenas ela como também todos os remanescentes de quilombolas da Mussuca confiantes e orgulhosos da própria história, contribuindo portanto, para a valorização e a afirmação das suas identidades.
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ResponderExcluirParabéns D. Nadir. Homenagens como essa devem ser feitas enquanto a pessoa está aqui para sentir-se orgulhosa por fazer parte de uma cultura.
ResponderExcluirParabenizamos ao grupo pelo brilhante trabalho de divulgação de uma manifestação cultural pouco valorizada até mesmo pelos sergipanos. Esse blog ajudará a preservar a cultura dos negros remanescentes do quilombo.E assim, futuras gerações terão orgulho da própria história.
ResponderExcluirLouvável o trabalho desenvolvido pelo Blog.
ResponderExcluirDeixo um link para quem deseja assistir apresentação do Grupo de Pareia/Parelha.
Abraços e bom trabalho.